sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

"ECOS DEL ABISMO - 8 AÑOS DESTRUYENDO TUDO": DESTRUIDÖ TOCA EM 15 CIDADES NO BRASIL

Destruidö surgiu no México em 2015, quando Eliceo e Dulce tocaram uma música juntxs e pensaram em formar uma banda ainda no primeiro ano do ensino médio, já tinham decidido que o punk era um estilo de vida. Chester, outro amigo da vizinhança, foi o primeiro baixista e Diego, que é outro amigo que conhecemos desde sempre, aproveitou a chance de tocar guitarra, ele começou a tocar alguns riffs bastardos, e foi assim que surgiu a primeira música, “Homeless attack”.

Com a turnê “Ecos del Abismo – 8 años Destruyendo todo” rodando o Brasil nesse início de ano, a banda esteve em Goiânia para um show concorrido, os fundadores da banda falaram com o Dr. Gori sobre a tour e os planos de lançar em breve o álbum comemorativo de 8 anos da banda.



A banda foi formada em 2015 e tem uma vasta experiência no underground de forma geral. Como você vê a trajetória da banda nesse período?

Eliceo: Acredito que a banda passou por diversas fases ao longo desse período, enfrentando mudanças de membros e pausas prolongadas. No entanto, mantivemos firmeza nas ideias para continuar fazendo barulho underground.
Dulce: Eu acho que nossa trajetória no underground começa desde moleques, esto foi uma grande ajuda para formar muitas conexões com pessoal de todo canto no M
éxico, e desde o começo nós tivemos muito suporte. A banda teve algumas mudanças de músicos, mas a ideia de fazer um punk crudo e agressivo prevaleceu e é parte do coração da Destruidö.

O Destruidö está fazendo sua primeira turnê no Brasil em Janeiro de 2024. Qual é a sua expectativa para essa tour?
Eliceo: Fazer amigos, se divertir bastante e ter muita diversão, principalmente conhecendo a forma local e crua como o punk é vivido no Brasil. Também esperamos conviver e conhecer as bandas com as quais compartilharemos o palco em cada show.
Dulce: Nós nunca tivemos uma turné igual a esta, é a primeira vez que a gente tem tantas datas confirmadas, agora sâo 15 shows por todo o Brasil e nós sabemos que é uma cena ultra significativa em todo o mundo, cheia de pessoal fazendo muito pelo underground, ficamos muito felizes de compartir palco com bandas clás
sicas como Skarnio, Besthoven, Karne Krua, e com muitas bandas que vamos conhecendo e curtido demais, e eu pessoalmente fico muito feliz de ver tanta participação feminina em toda atividade e de ver muitas crianças e novas gerações curtindo o rolé do punk.

Uma curiosidade sobre abanda é a localidade onde cada membro mora. Parece que vocês moram em cidades diferentes e se juntam para ensaiar e fazer os rolês! Como é esse trabalho e como fazer para isso dar certo? Afinal a banda lança material inédito e toca de forma regular…
Eliceo: Atualmente, apenas Priscila e eu moramos em Guadalajara, enquanto Dulce vive em Gama, Brasil. Tentamos ensaiar e compor juntos sempre que possível, passamos as músicas para Dulce escrever, e quando estamos juntos, ensaiamos tudo.
Dulce: Até o ano passado nos morávamos todos em Guadalajara, então era mais fácil fazer os ensaios e compor novas músicas, agora que ficamos um poco expalhados nosso plano é seguir lançando novo material a distança e tentar tocar aõ vivo o más que pudermos.

Como foram as experiências de tocar fora em outros países e como anda os planos da banda para o underground internacional? 
Eliceo: As experiências em outros foram únicas em cada um. A maioria dos momentos foi positiva, embora tenhamos enfrentado algumas situações desconfortáveis devido à falta de empatia de alguns organizadores. No entanto, compreendemos que cada país apresenta circunstâncias diferentes, e podem surgir desafios de diversas formas. Até agora, os planos visam continuar lançando material e realizar mais turnês em diferentes países.
Dulce: Nós tivemos a oportunidade de tocar na Colombia e no Canadá e foram experiencias legais demais. Na Colombia da para notar um poco as diferenças da uma cena más crusty dbeat e uma mais punk da rua, mas eu achei llegal todo este rolé, produzem demais, o pessoal vive muito o d.i.y , e sempre tem alguem que faz o visual, as camisetas, os tapes e cds e os shows, adorei que quasi todas as bandas tem Minas também.
No Canadá eu ache muito legal la cena latinoamericana, tem muita gente da Colombia, Perú, Salvador, Brasil e muitos mexicanxs, tanto que os 2 festivais que nos fizemos são organizados por pessoal do México. Mais também tivemos oportunidade de tocar em Quebéc profundo, eles falam francés e além de sua cena ser um pouco fechada por motivos culturais, som muito calorosos e legais. Eu achei muito legal também o pessoal das comunidades indígenas curtindo os shows punkys.

Vocês também planejam olançamento de um material comemorativo de 8 anos. O que esperar desse novo material e quando ele será lançado? 
Eliceo: Sim, lançamos uma compilação de nossos álbuns em dezembro de 2023. Incluímos algumas músicas feitas ao longo desses 8 anos, como nossa primeira canção "Homeless Attack" e nosso primeiro demo "Crimen de estado", que aborda os 43 estudantes desaparecidos em 2014 em Guerrero, México. Há também músicas criadas com Priscila e Beh dos últimos álbuns "Inferno" e "Necropolis".
Dulce: Neste rolé o Fofão de Besthoven tem sido uma ajuda gigante, ele quem fez tudas as conexões para tocar no Brasil todo e ele quem lançou a compilação de nossos dois últimos materiais com a Discordia Récords, Ulixo punk e Vlad tapes. Esta é uma edição muito especial para nos, pois como ja falé, nunca tivemos um rolé assim de longe e bem organizado, além que ficou ultra lindo el digipack e o tape, nos temos disponivel já já em todos os shows e pelas redes sociais.

Fale um pouco sobre ostrabalhos antigos de vocês Destrucción Total (2016), Homeless Attack (2019) e  Infernö (2022), como ajudou a banda a evoluir e como eles trouxeram a banda até aquí.
Eliceo: Os primeiros álbuns "Destrucción Total" e "Homeless Attack" foram produções caseiras DIY que fizemos em meu quarto com nossas primeiras músicas. Esses álbuns foram feitos com os membros originais, e em "Infernö", já contamos com Priscila, nossa atual baixista. O último disco, "Necropolis", foi gravado com o apoio e colaboração de Beh, guitarrista de Grave/Mal. Chegar onde estamos se deve ao lançamento do nosso material e ao apoio das pessoas, conectando-nos com mais fãs em diferentes países.
Dulce: Destruccion total é nosso primeiro material e eu acho muito especial pois foi simplesmente uns amigos querendo fazer ruido e gritar nosso odio. Homeless attack foi mais um demo para gravar músicas que nos ja tinhanos escritas. Inferno e Necrópolis que sâo 2022 e 2023 e já com a participação da Piu no baixo e dá para notar que a banda ficou mais madura em questão musical e também na idea que nos queremos transmitir, Destruido sempre foi uma banda política.

Deixe um recado para agalera de Goiânia e do underground em geral…
Continuem acreditando em seus projetos e ideias. Apoiar os projetos locais e dos amigos pode alcançar grandes conquistas. Às vezes, bandas e projetos locais são menosprezados por serem "locais", mas podem ser muito apreciados internacionalmente e ter um grande impacto global. Continuem encarando o punk como um estilo de vida, não como uma moda ou negócio. This is DisLife e DIY para sempre.
Dulce : Arriba lxs punks !!!