quinta-feira, 20 de julho de 2023

REALIFE LANÇA VÍDEO DE "THE WEIRDOS", FAIXA DO SEU ÁLBUM DE ESTREIA "CESIUM 137"

O Realife lança o hoje o lyric vídeo "The Weirdos", uma das 12 faixas do seu primeiro álbum Cesium 137, lançado no início deste ano. Nas palavras do vocalista Cleiton Magno, a música fala sobre preconceito, discriminação, bullying, etc. “Coisas que dificilmente alguém que se atrai pela cena underground não passou em algum momento. Não há nada mais assustador do que a vida real”.

A banda de horror punk foi formada em Goiânia juntando o mundo do metal e do punk em uma assustadora fusão com histórias de terror. A formação original conta com Cleiton Magno (vocal), Cleyton Mariano (Bateria/guitarra/baixo), e funcionava como um projeto de estúdio conduzido pelos dois. Em 2021, Pouca Bala Johnson assume o baixo e Sebastian Ernani a guitarra do grupo.

O vocalista trocou uma ideia como do Dr.Gori para falar do lançamento do vídeo, da repercussão do seu primeiro trabalho e como o grupo usa sua temática para levar reflexão, críticas ácidas, terror e muita energia através de seu som.



Como tem sido a repercussão do álbum “Cesium 137”?

Olá! Então, desde que álbum foi lançado nas plataformas de streaming, muitas coisas boas tem acontecido. Recebemos inúmeros feedbacks de pessoas do Brasil e do exterior dizendo que gostaram muito do que ouviram. O pessoal tem ouvido o álbum, feito resenhas, cantado as músicas nos shows, postado e compartilhado links em redes sociais. O álbum logo será lançado também em mídia física (acompanhem as novidades) e essas coisas nos animam e motivam muito.

O álbum vem abrindo portas para manter a banda na estrada?

Sim, com certeza. Qualquer banda, por melhor que seja, precisa de material gravado. Quando você tem esse material, você pode mostrar quem você é e o que você é, e isso muda tudo. Depois do álbum lançado temos recebido mais propostas de shows, e tem uma galera muito foda que sempre tem nos apoiado, ajudado, ido aos shows e feito o caos. (Somos muito gratos a todos).

Porque a faixa “The Weirdos” foi escolhida para o vídeo? Quais faixas você destaca no primeiro álbum?

A faixa “The Weirdos” foi escolhida pois acredito que é uma música que faz sentido para praticamente todos da cena underground. Pois fala de preconceito, discriminação, bullying etc. Coisas que dificilmente alguém que se atrai pelo underground não passou em algum momento. Então para o lyric vídeo, pedimos que todos aqueles que nos apoiam, que curtem a Realife ou se identifica com o que fazemos (e com essa causa), nos enviasse fotos para colocar no vídeo. É um protesto contra o fato de sermos muitas vezes discriminados simplesmente por sermos nós mesmos (diferentes, “esquisitos”...).

Mesmo gostando de todas cada um tem sua preferência: Eu destacaria a “Somewhere in Goiás” pra quem gosta de peso, a “Feeling Alive” pra quem gosta de um refrão que não sai da cabeça, “The Hero” pra quem curte uma música agressiva e rápida, a “Cesium-137” pra quem quer conhecer nossa proposta de Horror Punk misturado a vida real. Tem também a “Brazilian Halloween” que o pessoal gosta e se anima muito.

Vocês tem uma forte presença nas plataformas digitais, como é feito esse trabalho e como ele ajuda no trabalho da banda?

A propaganda é a alma do negócio” (Seria uma frase capitalista se a idéia fosse ficar rico kkkkkkkk), mas isso não é diferente pra uma banda underground que acaba sendo ainda mais desperdiçada se não houver divulgação. Nós mesmos somos encarregados de todo o trabalho de divulgação. A galera que nos apoia e curte o que a gente faz tá sempre divulgando, falando a respeito, postando, usando nossa camiseta e engrandecendo sempre (... e a gente é muito grato por esse carinho).

Vocês vem formando um público cativo na região do Centro-Oeste, como é o relacionamento da banda com o público em outros estados?

Sim, a galera da nossa cena local é foda!!! Foda mesmo!!! (sem essa galera não teria graça). Mas a galera de outros estados não fica atrás não, entram em contato, postam coisas relacionadas a banda, marcam a gente em postagens, pedem pra que toquemos nas cidades (mas nem sempre é algo viável de imediato). Enfim, essa interação é muito boa e importante.

O som de vocês é norteado pelo punk rock horror e mesmo assim eu percebi nas músicas de vocês alguma sonoridade de bandas 90 e até de metal. Quais bandas influenciam a sonoridade de vocês além das punk rock?

Cada um de nós da banda tem seus gostos e preferências, mas quando começamos a banda, a proposta foi fazer um Horror Punk diferente das bandas já conhecidas. Quando vamos compor não pensamos em nenhuma banda em específico, fica meio subjetivo no início, mas logo as músicas vão tomando forma e na versão final acaba tomando a nossa cara. Cada um da banda tem um gosto musical diferente, embora todos gostem das músicas da banda, e acho que é isso que faz nosso som soar um pouco diferente da maioria das bandas de horror punk.

Como você vê a cena underground hoje em dia e onde o Realife se encaixa nela?

Vejo de uma forma boa, pois prefiro ver assim, mas sem tampar o sol com a peneira. Tem surgido muitas bandas novas, a cena tem se renovado, muita gente jovem descobrindo o underground, fortalecendo o movimento Punk, criando novos coletivos etc. Também vejo essa cena jovem enfrentando os mesmos problemas de quando éramos mais jovens. Mas o underground é resistência e persistência, por isso poucos permanecem ao longo do tempo, mas é lá que a gente quer estar. Como não há uma cena de Horror Punk por perto, pois creio que somos a única do Centro-Oeste, o Realife se encaixa em qualquer cena que NÃO promova atrocidades (políticas ou religiosas) ou que seja racista, homofóbica, machista, etc. Seja a cena Punk, seja Metal, seja Dark, onde nos chamar lá estaremos levando o caos.

Deixe um recado satânico pra galera...

Não há nada mais assustador do que a vida real”.

Obrigado pela oportunidade e o espaço aqui concedido, obrigado ao Segundo e a Two Beers e ao Motim Underground e a todos os envolvidos que sempre nos apoiam. E pra galera jovem ae que tá chegando resistam e façam a cena acontecer!!! E a galera “das antigas” apoiem a cena e tenham a mente aberta pra aprender com a galera nova. No fim, a cena é o que a gente faz!!!

Realife...

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