sexta-feira, 8 de novembro de 2024

COLUNAS ANTISSOCIAIS: JECA TOTAL, O MONSTRO E O COACH

 


Jeca Total, o monstro mutante e o coach

Na música Jeca Total, Gilberto Gil imaginou um homem sertanejo emancipado, represertando sua gente no senado, lutando pela elevação do teto salarial no sertão. Rompia assim com aqueles esteriótipos racistas e coloniais do Jeca Tatu, personagem através do qual Monteiro Lobato havia representado o homem sertanejo anteriormente.

O Jeca Total de Gil, porém, não se realizou.
Em lugar disso, vimos um tipo inusitado chamar atenção: o Jeca coach. Pablo Marçal, com seu sotaque caricato, tornou-se talvez o primeiro goiano a ocupar o 3° lugar na eleição para prefeito de São Paulo, a maior cidade do Brasil.

Enquanto oriundo dessa parte do sertão brasileiro que é Goiás, Pablo Marçal representa, na verdade, não um sertanejo emancipado, mas uma espécie de aberração. Surgida no momento em que Goiás produz "rios de dinheiro", consagrando-se como celeiro do agro, do tóxico e do fake grão transgênico (para usar as palavras de Fred 04, da banda Mundo Livre SA).

Esse novo sertão, das comoditys, do milho e da soja, dos grandes frigoríficos de carne, assume as formas de um monstro mutante. Que se alimenta de resíduos químicos, contratos milionários, corrupção, camionetes espalhafatosas, trabalho análogo à escravidão...

Esse monstro cresce demasiado, torma-se incontrolável como um verdadeiro Godzilla. E defeca personagens estranhos, como Gustavo Lima e Pablo Marçal.

Com o Jeca Tatu, de Monteiro Lobato, eles compartilham, talvez, a falta de educação emancipadora, os maus costumes, a porcaria e a abjeção. Reproduzem portanto esteriótipos rascistas e coloniais. Com o Jeca Total, de Gil, eles não compartilham absolutamente nada. Representam, na verdade, o seu inverso. São motivo de piada e vergonha, ao invés de orgulho. Não trazem nenhuma emancipação. Mas alegram a festa dos paulistas, trazem um divertimento banal. "Exóticos", talvez tragam a eles um pouco de emoção.

Quem produziu esse monstro foi o não-sertão, o centro econômico hegemônico brasileiro, sua divisão de papéis, de acordo com as necessidades de lá.

Agora, o centro se assusta com o que vê. O monstro cresceu demasiado e defeca suas consequências. São Paulo agora sofre com o odor das fezes do monstro que ela mesma ajudou a criar.

Autor: Supriano
Ilustração: Salomão Montenegro

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

TRANSITANDO ENTRE O ROCK CLÁSSICO E O PÓS-PUNK, THE LAST SHOT LANÇA VÍDEO DA FAIXA "TRY AGAIN"

The Last Shot é um quarteto de rock’roll autoral fundado em 2018, cujo som transita entre o rock clássico e o pós- punk. Com vocais e temáticas que remetem ao classic rock, o quarteto é formado por Juliano Padilha (violão e voz), Zó Dias (sintetizadores), Tayná Chaves (baixo) e Wendel (bateria).

A banda, que tem se destacado com apresentações únicas e intensas valendo-se da metalinguagem e temas existenciais como forma de expressão musical, lançou recentemente seu primeiro trabalho e a faixa “Still” já ganhou destaque nas plataformas digitais. Agora é a vez da banda lançar o vídeo da música “Try Again”, que estreia amanhã nas redes sociais.

O Dr. Gori bateu um papo com o vocalista Juliano Padilha sobre o lançamento do vídeo e a fase produtiva que  banda vem atravessando.


Porque a música “Try Again” foi escolhida par ao clip?

A música "Try Again" foi escolhida para o clip, porque percebemos ser a que mais chamou atenção positivamente do público e crítica, pelo menos, até agora... rsrs.

Como foi a repercussão do lançamento da música Still, nas plataformas digitais?

A música "Still" é bem minimalista, assim como várias outras, principalmente quanto à letra; trata-se de uma canção intimista, calcada na simplicidade e com apelo sentimental, por isso consideramos a repercussão ainda um pouco modesta... levando-se em conta a sonoridade ser mais digerível e envolvente.

Essa música tem a participação do Gustavo Vazquez, que foi o produtor do disco. Como foi trabalhAa com ele de forma geral?

O Gustavo Vazquez realmente é um grande mestre, super profissional e atento à proposição da banda. Trabalhar com ele foi uma satisfação imensa, pois houve uma identificação musical mútua bem interessante durante todo processo, tanto é que ele tem feito várias participações em nossos shows, o que torna tudo muito mais criativo e empolgante de se fazer, o consideramos, praticamente, um membro da banda já. 

Vocês também gravaram um material durante a última edição do Goiânia Noise…

Sim, gravamos a inédita "War Again", na última edição do festival Goiânia Noise, a qual fará parte do nosso próximo álbum e, com certeza, será uma bela surpresa para todos, pois é uma música que gostamos muito e tem tudo para ser bem aceita; inclusive já está incluída em nosso repertório para os próximos shows. Sonzeira total, isso, para quem se identifica com o  a proposta da banda, é claro...

A banda é muito atuante nas redes sociais e nos festivais, se tornando cada vez mais conhecida. Como é feito esse trabalho de divulgação?

Bem, consideramos a atuação nas redes sociais ainda precária e amadora, isso talvez por não importarmos tanto com essa questão, levando-nos a fazê-la por necessidade mesmo. Na verdade, achamos que é um pouco chato e apelativo ficar com divulgação maçante nas redes; entretanto entendemos que, hj em dia, é um dos únicos caminhos que funcionam para sobrevivência de qualquer banda. Então, procuramos divulgar o nosso som de maneira não muito invasiva, sem apelação e com visual e estilo que sejam compatíveis com a proposta da banda e do público que temos formado.

Como a banda foi formada?

A banda foi formada essencialmente por uma necessidade intrínseca de se fazer música, sem amarras ou muitas preocupações quanto a ter reconhecimento ou não. Outro aspecto também importante para atual formação da banda foi a ausência de pre definição do estilo... isso ficou por conta de cada um dos integrantes, os quais colocaram sua maneira de tocar e fazer som sem que os outros interfiram na criação. Assim, depois de algumas alterações nos integrantes da banda, a formação atual é bem concisa e tem uma simbiose muito agradável para criação e execução das canções.

Os integrantes tem uma boa experiência de estrada e de palco e os shows são considerados viscerais. Como é trabalhar com essa galera?

Tocar com a galera da The Last Shot é só alegria, puro rock n roll, diversão, bom papo... praticamente todos ensaios viram festinhas regadas a muita sonzeira, bebedinhas diversas, comidinhas legais para os laricados e não laricados tb rsrs. Os shows são únicos, carregados de emoção, cada apresentação traz a energia certa para a ocasião, tornando-os surpreendentes e inesquecíveis, pelo menos para nós da banda, o que é importante para o desenvolvimento, tanto da banda quanto do público em geral. 







terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

SPIRITUAL CARNAGE: O RETORNO TRIUNFAL AO UNDERGROUND!

 


Formado em 1989 em Goiânia, o Spiritual Carnage nasceu com a proposta de fazer um death metal influenciado por bandas como Morbid Angel e Cannibal Corpse, abordando temáticas como o instinto humano, sua desgraça e inutilidade de sua luta existencial e espiritual.

Considerados um dos pilares do death metal nacional, o Spiritual Carnage conquistou um público fiel e cativo com trabalhos consistentes e que se tornaram clássicos do  estilo, como “Pre-destined Death” (1990),  “Creeping Under the Black Souls” (1992), “Spiritual Carnage (1997), “Sheltered in Flames (2002) e “Voices of Darkness” (2006), além de ter participado de várias coletâneas e tocado ao lado de lendas como Master, Destruction e Cannibal Corpse, tornando inegável sua contribuição para tornar a cena da música extrema do underground brasileiro cada vez mais forte.

Em 2005, a banda ganhou até um show tributo, onde as principais bandas da cena metal goiana da época fizeram uma homenagem tocando suas músicas ao vivo. Antes de encerrar suas atividades em 2014, lançaram o single "Nothing Can Heal", seu último trabalho oficial.

Com a missão de se renovar, a banda resolveu retomar as atividades e hoje é formada por Hemar Messiah (baixo/vocal), Alexandre Greco (guitarra), o lendário Gilberto Black que retoma a função na bateria, e o guitarrista Guilherme Ferreira (Overbreed/Soraya). “Com isso, renovamos a cada dia nosso público e fazemos com que cada vez mais as pessoas possam ter acesso ao nosso som e história, já que fomos os primeiros a tocar música extrema em Goiânia”, afirma o baixista Hemar Messiah, com quem o Dr.Gori conversou sobre esse grande retorno aos palcos, que acontece no Martin Cererê, ao lado das bandas Death Slam, Light Years, Leprosy, Arvak e Zeugma, e que promete honrar e muito esses 34 anos de caos sonoro!

São muitos anos de estrada com várias formações e um retorno muito festejado em todo o underground. O que podemos esperar dessa nova fase do Spiritual Carnage?

Spiritual Carnage: Primeiramente, queremos agradecer a todos os fãs e amigos que nos apoiaram ao longo dos anos. Essa nova fase é uma mistura de nostalgia e renovação. Voltamos com a mesma paixão pelo death metal, mas também trazemos novas influências e experiências. Esperem riffs brutais, letras intensas e uma energia avassaladora no palco. Queremos retribuir todo o carinho que recebemos e mostrar que o Spiritual Carnage está mais vivo do que nunca.

Qual é a expectativa da banda em voltar aos palcos com o Spiritual Carnage depois de tantos anos, com parte da formação clássica?

Spiritual Carnage: A expectativa é enorme! Reunir parte da formação clássica foi emocionante. Estamos ansiosos para tocar juntos novamente e reviver aqueles momentos intensos que compartilhamos no passado. Sabemos que os fãs também estão empolgados, e mal podemos esperar para sentir a energia da plateia quando subirmos ao palco.

Como surgiu a ideia dessa reunião?

Spiritual Carnage: Tudo começou com uma ligação do nosso baterista original, que estava nostálgico e sentiu que era hora de reunir a família do death metal. Conversamos, relembramos histórias e percebemos que ainda tínhamos muita música para criar juntos. A ideia da reunião surgiu naturalmente, e aqui estamos nós, prontos para detonar novamente.

A nova formação vai permanecer tocando junto ou é só algo a nível de celebração mesmo?

Spiritual Carnage: A celebração é importante, mas não queremos que seja apenas isso. A nova formação está comprometida em continuar tocando juntos. Temos planos para novas músicas e shows. Queremos manter o espírito do Spiritual Carnage vivo e conquistar novos fãs com nossa música.

O último material lançado pela banda foi o single “Nothing Can Heal”, de 2014. Existe algum plano para trabalhar algum material novo?

Spiritual Carnage: Com certeza! Estamos compondo novas músicas e explorando diferentes sonoridades. Queremos lançar um álbum completo em breve. “Nothing Can Heal” foi apenas um vislumbre do que está por vir. Aguardem por mais brutalidade e intensidade!

O Spiritual Carnage é considerado uma das bandas mais influentes do death metal brasileiro. Como você analisa a trajetória da banda durante todos esses anos dentro do underground?

Spiritual Carnage: É uma honra sermos reconhecidos dessa forma. A trajetória do Spiritual Carnage foi marcada por desafios, mas também por momentos incríveis. Passamos por altos e baixos, mas sempre mantivemos nossa paixão pela música. O underground é nossa casa, e é onde encontramos nossa verdadeira família. Agradecemos a todos que nos apoiaram e continuaremos a lutar pelo metal extremo.

Deixe um recado pra galera e faça o convite pra galera comparecer ao evento.

Spiritual Carnage: A todos os headbangers, fãs de metal e amantes do underground, não percam nosso show de retorno junto com as bandas que estaram participando! Será uma noite épica de pura destruição sonora. Dia 17/02/2024, às 16h, no Centro Cultural Martim Cererê. Venham celebrar conosco e fazer parte dessa história. Preparem-se para o caos! \n/


sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

"ECOS DEL ABISMO - 8 AÑOS DESTRUYENDO TUDO": DESTRUIDÖ TOCA EM 15 CIDADES NO BRASIL

Destruidö surgiu no México em 2015, quando Eliceo e Dulce tocaram uma música juntxs e pensaram em formar uma banda ainda no primeiro ano do ensino médio, já tinham decidido que o punk era um estilo de vida. Chester, outro amigo da vizinhança, foi o primeiro baixista e Diego, que é outro amigo que conhecemos desde sempre, aproveitou a chance de tocar guitarra, ele começou a tocar alguns riffs bastardos, e foi assim que surgiu a primeira música, “Homeless attack”.

Com a turnê “Ecos del Abismo – 8 años Destruyendo todo” rodando o Brasil nesse início de ano, a banda esteve em Goiânia para um show concorrido, os fundadores da banda falaram com o Dr. Gori sobre a tour e os planos de lançar em breve o álbum comemorativo de 8 anos da banda.



A banda foi formada em 2015 e tem uma vasta experiência no underground de forma geral. Como você vê a trajetória da banda nesse período?

Eliceo: Acredito que a banda passou por diversas fases ao longo desse período, enfrentando mudanças de membros e pausas prolongadas. No entanto, mantivemos firmeza nas ideias para continuar fazendo barulho underground.
Dulce: Eu acho que nossa trajetória no underground começa desde moleques, esto foi uma grande ajuda para formar muitas conexões com pessoal de todo canto no M
éxico, e desde o começo nós tivemos muito suporte. A banda teve algumas mudanças de músicos, mas a ideia de fazer um punk crudo e agressivo prevaleceu e é parte do coração da Destruidö.

O Destruidö está fazendo sua primeira turnê no Brasil em Janeiro de 2024. Qual é a sua expectativa para essa tour?
Eliceo: Fazer amigos, se divertir bastante e ter muita diversão, principalmente conhecendo a forma local e crua como o punk é vivido no Brasil. Também esperamos conviver e conhecer as bandas com as quais compartilharemos o palco em cada show.
Dulce: Nós nunca tivemos uma turné igual a esta, é a primeira vez que a gente tem tantas datas confirmadas, agora sâo 15 shows por todo o Brasil e nós sabemos que é uma cena ultra significativa em todo o mundo, cheia de pessoal fazendo muito pelo underground, ficamos muito felizes de compartir palco com bandas clás
sicas como Skarnio, Besthoven, Karne Krua, e com muitas bandas que vamos conhecendo e curtido demais, e eu pessoalmente fico muito feliz de ver tanta participação feminina em toda atividade e de ver muitas crianças e novas gerações curtindo o rolé do punk.

Uma curiosidade sobre abanda é a localidade onde cada membro mora. Parece que vocês moram em cidades diferentes e se juntam para ensaiar e fazer os rolês! Como é esse trabalho e como fazer para isso dar certo? Afinal a banda lança material inédito e toca de forma regular…
Eliceo: Atualmente, apenas Priscila e eu moramos em Guadalajara, enquanto Dulce vive em Gama, Brasil. Tentamos ensaiar e compor juntos sempre que possível, passamos as músicas para Dulce escrever, e quando estamos juntos, ensaiamos tudo.
Dulce: Até o ano passado nos morávamos todos em Guadalajara, então era mais fácil fazer os ensaios e compor novas músicas, agora que ficamos um poco expalhados nosso plano é seguir lançando novo material a distança e tentar tocar aõ vivo o más que pudermos.

Como foram as experiências de tocar fora em outros países e como anda os planos da banda para o underground internacional? 
Eliceo: As experiências em outros foram únicas em cada um. A maioria dos momentos foi positiva, embora tenhamos enfrentado algumas situações desconfortáveis devido à falta de empatia de alguns organizadores. No entanto, compreendemos que cada país apresenta circunstâncias diferentes, e podem surgir desafios de diversas formas. Até agora, os planos visam continuar lançando material e realizar mais turnês em diferentes países.
Dulce: Nós tivemos a oportunidade de tocar na Colombia e no Canadá e foram experiencias legais demais. Na Colombia da para notar um poco as diferenças da uma cena más crusty dbeat e uma mais punk da rua, mas eu achei llegal todo este rolé, produzem demais, o pessoal vive muito o d.i.y , e sempre tem alguem que faz o visual, as camisetas, os tapes e cds e os shows, adorei que quasi todas as bandas tem Minas também.
No Canadá eu ache muito legal la cena latinoamericana, tem muita gente da Colombia, Perú, Salvador, Brasil e muitos mexicanxs, tanto que os 2 festivais que nos fizemos são organizados por pessoal do México. Mais também tivemos oportunidade de tocar em Quebéc profundo, eles falam francés e além de sua cena ser um pouco fechada por motivos culturais, som muito calorosos e legais. Eu achei muito legal também o pessoal das comunidades indígenas curtindo os shows punkys.

Vocês também planejam olançamento de um material comemorativo de 8 anos. O que esperar desse novo material e quando ele será lançado? 
Eliceo: Sim, lançamos uma compilação de nossos álbuns em dezembro de 2023. Incluímos algumas músicas feitas ao longo desses 8 anos, como nossa primeira canção "Homeless Attack" e nosso primeiro demo "Crimen de estado", que aborda os 43 estudantes desaparecidos em 2014 em Guerrero, México. Há também músicas criadas com Priscila e Beh dos últimos álbuns "Inferno" e "Necropolis".
Dulce: Neste rolé o Fofão de Besthoven tem sido uma ajuda gigante, ele quem fez tudas as conexões para tocar no Brasil todo e ele quem lançou a compilação de nossos dois últimos materiais com a Discordia Récords, Ulixo punk e Vlad tapes. Esta é uma edição muito especial para nos, pois como ja falé, nunca tivemos um rolé assim de longe e bem organizado, além que ficou ultra lindo el digipack e o tape, nos temos disponivel já já em todos os shows e pelas redes sociais.

Fale um pouco sobre ostrabalhos antigos de vocês Destrucción Total (2016), Homeless Attack (2019) e  Infernö (2022), como ajudou a banda a evoluir e como eles trouxeram a banda até aquí.
Eliceo: Os primeiros álbuns "Destrucción Total" e "Homeless Attack" foram produções caseiras DIY que fizemos em meu quarto com nossas primeiras músicas. Esses álbuns foram feitos com os membros originais, e em "Infernö", já contamos com Priscila, nossa atual baixista. O último disco, "Necropolis", foi gravado com o apoio e colaboração de Beh, guitarrista de Grave/Mal. Chegar onde estamos se deve ao lançamento do nosso material e ao apoio das pessoas, conectando-nos com mais fãs em diferentes países.
Dulce: Destruccion total é nosso primeiro material e eu acho muito especial pois foi simplesmente uns amigos querendo fazer ruido e gritar nosso odio. Homeless attack foi mais um demo para gravar músicas que nos ja tinhanos escritas. Inferno e Necrópolis que sâo 2022 e 2023 e já com a participação da Piu no baixo e dá para notar que a banda ficou mais madura em questão musical e também na idea que nos queremos transmitir, Destruido sempre foi uma banda política.

Deixe um recado para agalera de Goiânia e do underground em geral…
Continuem acreditando em seus projetos e ideias. Apoiar os projetos locais e dos amigos pode alcançar grandes conquistas. Às vezes, bandas e projetos locais são menosprezados por serem "locais", mas podem ser muito apreciados internacionalmente e ter um grande impacto global. Continuem encarando o punk como um estilo de vida, não como uma moda ou negócio. This is DisLife e DIY para sempre.
Dulce : Arriba lxs punks !!!


quarta-feira, 6 de setembro de 2023

SÖMBRIÖ LANÇA VÍDEO E FAZ MINITOUR PELO SUL DO PAÍS NESTE FINAL DE SEMANA

SÖMBRIÖ é um trio metalpunk com integrantes das cidades de Goiânia/GO e Florianópolis/SC que está na ativa desde 2018, quando lançaram a demo “Cortejo Fúnebre”. Produzem uma mescla de hardcore punk e o metal do mal, cadenciadas pela força do d-beat, bebendo da mesma fonte de grandes ícones do som pesado nacional com forte influência dos primórdios oitentista. 

Sem previsões e certezas a banda trilhou seu caminho e em 2019 lançaram um split com a galera do Leech Eclipse e em 2020 chegou ao seu primeiro trabalho completo, o enérgico “Fogo, Poder e Destruição”, alcançando uma boa repercussão no underground nacional. Em 2022 lançaram seu segundo trabalho, “Metal Punk Nightmare” com 11 faixas. 

Prestes a iniciar uma minitour pelo sul do país intitulada Um Feriado da Pesada, a banda admite que essa poderá ser sua última sequência de shows e que a banda irá irá morrer e tomar forma em outras bandas.

O Dr. Gori conversou com o Paulinho (guitar/vocal) que falou com a gente sobre a tour, o lançamento do lyric vídeo “Visões do Mal” e sobre a cena underground.



Vocês saem esse fim de semana para uma minitour pelo sul do Brasil. Como está a sua expectativa para esse rolê? 
Estamos bem animados, a Sömbriö tem Floripa como casa e temos muitos amigos por lá e até nas outras cidades também. Já tocamos em Floripa, Curitiba e Porto Alegre algumas vezes. Não sabemos o que esperar dos shows mas que ao menos a gente vai tirar uma onda a gente vai kkkk
 
Como está a repercussão do último trabalho da Sömbriö, Metal Punk Nightmare?
Não sabemos dizer na verdade. Uma galera prefere mais a Demo de 2018, alguns o primeiro álbum de 2020, sei lá. Fizemos os sons e que eles falem por si mesmos. Acho que ainda leva tempo pra saber dizer da repercussão do último álbum.
 
Vocês já tem três trabalhar oficiais lançados e que tem sempre uma boa repercussão no underground nacional. Como é o trabalho de divulgação da banda?
Nosso trabalho de divulgação é o mínimo quase zero ou nenhum kkkkk como eu disse deixamos os sons falarem por si e se forem ter uma boa repercussão vai rolar naturalmente. Não forçamos a barra nem imploramos pra ninguém nos seguir ou ouvir. Ouve quem quer, vai aos shows quem quer. Se nos chamam pra tal cidade só tocamos o terror e fazemos nosso melhor.
 
Acompanhando a movimentação da banda pelo underground, percebe-se que vocês vem formando um público cativo no Brasil. Mas e fora do país, como é o relacionamento da banda com o público de fora?
Tem um gringo ou outro que aparece na página ou se interessa pelo som, mas não acho que temos nada concreto entre esse público pois nunca saímos do país pra tocar. Já rolou troca de material e até venda de merchan pra algum ou outro maluco de fora. Mas pra dizer que tem uma relação com o publico gringo tem que dar as caras e tocar fora mesmo.
 
Vocês também estão lançando o lyric vídeo da faixa "Visões do Mal". Fale um pouco desse trabalho e porque essa faixa foi escolhida para o vídeo?
É sobre suicídio. Achamos que é um tema importante a ser lembrado.
 
O som de vocês é norteado pelo metal e pelo punk e remete a uma sonoridade brutal dos anos 80. Quais bandas influenciam o processo de composição da banda?
Essa resposta poderia ser muito extensa mas vou tentar dizer os mais próximos que curtimos: Sepultura (fase 80), Sárcofago, Ratos de Porão, Discharge, Anti-Cimex, Broken Bones, Driller Killer, Napalm Death, GBH etc.
 
Como você vê a cena underground hoje em dia e onde o Sömbriö se encaixa nela?
Acho que tá cheio de wanna be. Gente que usa a militância só como uma fachada pra uma pessoa vazia e sem real motivação ou sentimento. Cheio de hippie hipócrita cagando regra mas não passam de cheiradores de pó como qualquer outro punk/metal da cena. Cheio de fofoqueiro que não soma em nada, só um peso morto que acha a vida de qualquer um é mais interessante que dele(a). Mas ao mesmo tempo vemos muita gente nova animada se envolvendo e produzindo coisas, marcando presença e conquistando seu espaço, e a esse sangue novo na cena que devemos muita coisa. A renovação e longevidade da cena depende deles. Acho que a Sombrio se encaixa na cena de hoje sendo voz de quem quer mandar muita gente pra puta que pariu ou não sabe o que fazer com aquele sentimento de merda. O lance é a identificação.
 
Deixe um recado  pra galera..
Façam bandas novas e produzam coisas que realmente são sinceras. Falar menos e fazer mais. Curtir a vida pois vai todo mundo morrer mesmo nessa bosta. No mais é isso... A Sombrio vai acabar em breve e tomar forma em outra banda, outro nome. Nos vemos em algum lugar algum dia. Valeu geral que acompanhou até aqui e valeu Giuliano pelo espaço.

quinta-feira, 20 de julho de 2023

REALIFE LANÇA VÍDEO DE "THE WEIRDOS", FAIXA DO SEU ÁLBUM DE ESTREIA "CESIUM 137"

O Realife lança o hoje o lyric vídeo "The Weirdos", uma das 12 faixas do seu primeiro álbum Cesium 137, lançado no início deste ano. Nas palavras do vocalista Cleiton Magno, a música fala sobre preconceito, discriminação, bullying, etc. “Coisas que dificilmente alguém que se atrai pela cena underground não passou em algum momento. Não há nada mais assustador do que a vida real”.

A banda de horror punk foi formada em Goiânia juntando o mundo do metal e do punk em uma assustadora fusão com histórias de terror. A formação original conta com Cleiton Magno (vocal), Cleyton Mariano (Bateria/guitarra/baixo), e funcionava como um projeto de estúdio conduzido pelos dois. Em 2021, Pouca Bala Johnson assume o baixo e Sebastian Ernani a guitarra do grupo.

O vocalista trocou uma ideia como do Dr.Gori para falar do lançamento do vídeo, da repercussão do seu primeiro trabalho e como o grupo usa sua temática para levar reflexão, críticas ácidas, terror e muita energia através de seu som.



Como tem sido a repercussão do álbum “Cesium 137”?

Olá! Então, desde que álbum foi lançado nas plataformas de streaming, muitas coisas boas tem acontecido. Recebemos inúmeros feedbacks de pessoas do Brasil e do exterior dizendo que gostaram muito do que ouviram. O pessoal tem ouvido o álbum, feito resenhas, cantado as músicas nos shows, postado e compartilhado links em redes sociais. O álbum logo será lançado também em mídia física (acompanhem as novidades) e essas coisas nos animam e motivam muito.

O álbum vem abrindo portas para manter a banda na estrada?

Sim, com certeza. Qualquer banda, por melhor que seja, precisa de material gravado. Quando você tem esse material, você pode mostrar quem você é e o que você é, e isso muda tudo. Depois do álbum lançado temos recebido mais propostas de shows, e tem uma galera muito foda que sempre tem nos apoiado, ajudado, ido aos shows e feito o caos. (Somos muito gratos a todos).

Porque a faixa “The Weirdos” foi escolhida para o vídeo? Quais faixas você destaca no primeiro álbum?

A faixa “The Weirdos” foi escolhida pois acredito que é uma música que faz sentido para praticamente todos da cena underground. Pois fala de preconceito, discriminação, bullying etc. Coisas que dificilmente alguém que se atrai pelo underground não passou em algum momento. Então para o lyric vídeo, pedimos que todos aqueles que nos apoiam, que curtem a Realife ou se identifica com o que fazemos (e com essa causa), nos enviasse fotos para colocar no vídeo. É um protesto contra o fato de sermos muitas vezes discriminados simplesmente por sermos nós mesmos (diferentes, “esquisitos”...).

Mesmo gostando de todas cada um tem sua preferência: Eu destacaria a “Somewhere in Goiás” pra quem gosta de peso, a “Feeling Alive” pra quem gosta de um refrão que não sai da cabeça, “The Hero” pra quem curte uma música agressiva e rápida, a “Cesium-137” pra quem quer conhecer nossa proposta de Horror Punk misturado a vida real. Tem também a “Brazilian Halloween” que o pessoal gosta e se anima muito.

Vocês tem uma forte presença nas plataformas digitais, como é feito esse trabalho e como ele ajuda no trabalho da banda?

A propaganda é a alma do negócio” (Seria uma frase capitalista se a idéia fosse ficar rico kkkkkkkk), mas isso não é diferente pra uma banda underground que acaba sendo ainda mais desperdiçada se não houver divulgação. Nós mesmos somos encarregados de todo o trabalho de divulgação. A galera que nos apoia e curte o que a gente faz tá sempre divulgando, falando a respeito, postando, usando nossa camiseta e engrandecendo sempre (... e a gente é muito grato por esse carinho).

Vocês vem formando um público cativo na região do Centro-Oeste, como é o relacionamento da banda com o público em outros estados?

Sim, a galera da nossa cena local é foda!!! Foda mesmo!!! (sem essa galera não teria graça). Mas a galera de outros estados não fica atrás não, entram em contato, postam coisas relacionadas a banda, marcam a gente em postagens, pedem pra que toquemos nas cidades (mas nem sempre é algo viável de imediato). Enfim, essa interação é muito boa e importante.

O som de vocês é norteado pelo punk rock horror e mesmo assim eu percebi nas músicas de vocês alguma sonoridade de bandas 90 e até de metal. Quais bandas influenciam a sonoridade de vocês além das punk rock?

Cada um de nós da banda tem seus gostos e preferências, mas quando começamos a banda, a proposta foi fazer um Horror Punk diferente das bandas já conhecidas. Quando vamos compor não pensamos em nenhuma banda em específico, fica meio subjetivo no início, mas logo as músicas vão tomando forma e na versão final acaba tomando a nossa cara. Cada um da banda tem um gosto musical diferente, embora todos gostem das músicas da banda, e acho que é isso que faz nosso som soar um pouco diferente da maioria das bandas de horror punk.

Como você vê a cena underground hoje em dia e onde o Realife se encaixa nela?

Vejo de uma forma boa, pois prefiro ver assim, mas sem tampar o sol com a peneira. Tem surgido muitas bandas novas, a cena tem se renovado, muita gente jovem descobrindo o underground, fortalecendo o movimento Punk, criando novos coletivos etc. Também vejo essa cena jovem enfrentando os mesmos problemas de quando éramos mais jovens. Mas o underground é resistência e persistência, por isso poucos permanecem ao longo do tempo, mas é lá que a gente quer estar. Como não há uma cena de Horror Punk por perto, pois creio que somos a única do Centro-Oeste, o Realife se encaixa em qualquer cena que NÃO promova atrocidades (políticas ou religiosas) ou que seja racista, homofóbica, machista, etc. Seja a cena Punk, seja Metal, seja Dark, onde nos chamar lá estaremos levando o caos.

Deixe um recado satânico pra galera...

Não há nada mais assustador do que a vida real”.

Obrigado pela oportunidade e o espaço aqui concedido, obrigado ao Segundo e a Two Beers e ao Motim Underground e a todos os envolvidos que sempre nos apoiam. E pra galera jovem ae que tá chegando resistam e façam a cena acontecer!!! E a galera “das antigas” apoiem a cena e tenham a mente aberta pra aprender com a galera nova. No fim, a cena é o que a gente faz!!!

Realife...

quarta-feira, 19 de abril de 2023

DEATH FROM ABOVE PARTICIPA DO FESTIVAL METALPUNK OVERKILL AO LADO DE RATTUS E TERVEET KÄDET

 


Formado há 17 anos e contando com diversos trabalhos lançados entre demos, compilações, splits e Eps, o Death From Above se prepara para o lançamento do lyric video da faixa “Desejo de Poder”, do seu último EP lançado em 2017, Intoxicação. De malas prontas para pegar a estrada rumo a Belo Horizonte, onde participa do conceituado festival Metalpunk Overkill ao lado das lendas Terveet Kadet, Rattus e Azul Limão, o vocalista e guitarrista Glauco Vilela e o baterista Thiago Slake contaram os detalhes sobre o festival e os planos futuros da banda numa entrevista respondida na força do ódio para o Dr. Gori.

Depois da pandemia o Death From Above vem retomando aos poucos seu espaço na cena underground. O que a banda vem preparando para o restante desse ano de 2023?
Glauco: Então, pouco antes da pandemia nós tínhamos alguns planos como produzir um disco novo e fazer algumas tours pelo Brasil. mas a pandemia fudeu tudo e adiou nossos planos. Pra esse ano estamos reconstruindo essas ideias, mas esperamos gravar algo novo até o final do ano.

Vocês estão lançando o videoclipe da faixa "Desejo de Poder, como esse clip foi gravado?
Glauco: Na real é um Lyric video que foi produzido pelo pessoal do Motim Underground em parceria coma Two Beers Records. eu gostei muito do resultado final, para uma música com apenas 1 minuto de duração.
Slake: Na verdade é um lyric vídeo, uma animação feita pelo Motim Underground que particularmente eu gostei pra caralho! Inclusive fica a dica pra galera que tem banda, a motim faz lyric vídeos incríveis por um preço bem modesto.

Em 2020 a banda disponibilizou a discografia nas plataformas digitais. Como foi a repercussão dessa estratégia e quais outros tipos de divulgação de trabalho vocês tem utilizado?
Glauco: essa eu deixo pro Slake responder, pois é ele o responsável por essa parte.
Slake: Hoje em dia se sua banda não estiver nas plataformas digitais, a sua banda fica praticamente invisível. Não temos números exorbitantes nas plataformas mas estamos lá e isso facilita muito o acesso ao nosso trampo. A estratégia no mundo de hoje é basicamente virtual, não tem como fugir muito disso.

Neste final de semana vocês vão tocar no festival Metalpunk Overkill, ao lado de Azul Limão, Rattus e Tervet Kadett, tudo no mesmo dia. Como é que tá a expectativa da banda para esse show?
Glauco: Esse convite já havia sido feito antes da pandemia, e por razões obvias não foi concretizado. Então no ano passado nosso amigo Gabriel Herege refez o convite e já aceitamos de pronto. Cara, a expectativa não podia ser melhor. e depois que vi a line up eu já não me aguento de ansiedade pra esse evento. Vamos fazer o nosso melhor, promover o caos sonoro naquele lugar.
Slake: Da minha parte a expectativa é altíssima, fomos convidados a tocar no festival em 2020 e infelizmente a covid-19 atrapalhou tudo. Este ano fomos convidados novamente e estamos nos preparando com bastante dedicação pra fazer um bom show em território mineiro.

Recentemente vocês tocaram também no Masters of Noise, fale um pouco da experiência de tocar nesse festival.
Glauco: cara, tocar nesse evento foi mega surpreendente, porque foi meio de ultima hora. como todas da banda iriam pra São Paulo pra ver o show do Discharge no final de 2022, havia a possibilidade de tocar no festival no outro dia, então falei com Nader, que é um dos organizadores e eles conseguiram encaixar a gente no festival. foi magnifico tocar ao lado de inúmeras bandas clássicas do underground nacional, isso além de rever muitos amigos de longa data. nossa performance não foi das melhores porque ainda estávamos sentido a ressaca do dia anterior, no show do Discharge, mas não decepcionamos quem tava no show. Hahahaha
Slake: Foi legal pra caralho, so barulheira fina e pessoas sangue bom. É sempre da hora reencontrar nossos amigos de São Paulo. E o fest é do jeitinho que eu gosto, só correria loka e musica extrema de qualidade.

Como vocês formaram a banda? Fale um pouco sobre a história de vocês e como vocês enxergam cenário underground do início da banda pra até agora.
Glauco: Esse ano banda completou 17 anos de existência, o Slake esta comigo praticamente desde o início e o Victor a uns 7 anos. Entre altos e baixos continuamos porque ainda não encontramos nada melhor pra fazer. Nos divertimos, é uma válvula de escape e de alguma forma não nos deixa enlouquecer nesse mundo odioso. Não sou muito de saudosismo, não costumo muito olhar pra trás. Só continuamos a viver e sobreviver, mas existe beleza no caos e isso é combustível pra seguir.

Deixe seu recado pra galera
Glauco: valeu pela entrevista, nós siga nas redes sociais, va aos shows e compre nosso merch isso ajuda a continuar produzindo. KEEP DESTRUCTION ALIVE!

sexta-feira, 7 de abril de 2023

SANGUE DE BODE TOCA HOJE EM GOIÂNIA NO ESPAÇO CAMPELLI

 


O Sangue de Bode é uma das revelações do metal extremo nacional, e foi formado em 2017 na cidade do Rio de Janeiro/RJ. Sem rédeas na língua e indo estritamente ao ponto, o trio aborda relatos, angústias, e uma realidade tão crua que até o melhor dos estômagos se esforça para digerir, apresentando uma atmosfera obscura e densa, sem perder a pegada experimental que o Sangue de Bode aborda em seu universo.

A formação do Sangue de Bode traz João Pedro Oliveira (vocal/baixo), Gabriel Fontes (guitarra) e Gabriel Sinuê (bateria), e eles possuem em sua discografia o álbum “A Sombra que me Acompanhava era a Mesma do Diabo” (2020) e “Seja Bem Vindo de Volta pra Cruz” (2021).

Em tour pelo Sudeste e Centro Oeste do país, a banda chega hoje à Goiânia para participar do show Sexta-feira Satânica, ao lado do Leprosy e Arvak, no Espaço Campelli. Entre uma cidade e outra, o vocalita João Pedro bateu um papo com o Dr. Gori para falar sobre a tour e suas expectativas de tocar aqui pela primeira vez.

- A tour acabou de começar. Como tem sido a vida na estrada e a receptividade que a banda vem tendo nas cidades por quais vocês já passaram?

Bom, a turnê tem sido uma experiência muito incrível e diferente, já que é a nossa primeira vez realmente pegando a estrada e passando por diversas cidades. Então a gente tem toda essa alegria dessa novidade do Rolê e apesar do dia a dia a convivência da Galera também dá uma facilitada pois todos são amigos das antigas. Está sendo muito foda, uma experiência certamente inesquecível. A receptividade do público e da Rapaziada que curte a banda é simplesmente inacreditável e não nos restam palavras para agradecer cada pessoa que tem apoiado a gente nesse rolezão doido aí

- Apesar do tempo de estrada e várias participações em festivais, uma tour desse porte cria sempre uma expectativa diferente?

Sim, com certeza. Uma turne desse porte anima qualquer banda que tá no corre e com a gente não foi diferente. Como sempre só  nos resta agradecer todo o companheirismo das bandas, dos produtores e de todo mundo que ajudou a gente a estar aqui fazendo isso acontecer agora. Todas as oportunidades que nos foram dadas e todo o espaço que a gente conseguiu conquistar com o nosso trabalho deixa realmente uma sensação muito gratificante e a gente tá todo vapor aí pronto para botar essa turne para pegar fogo! Inclusive Já começamos.

- Qual é sua expectativa de vocês para esse show em Goiânia?

Nossa expectativa é sempre a máxima em qualquer lugar que vamos e Goiânia não será diferente. Cada lugar que a gente para é uma grande novidade e um misto de sensações boas. Já deixando aqui um grande agradecimento para o Wander Segundo da Two Beers or not Two Beers Records, um cara muito parceiro de Goiânia que sempre nos fortaleceu desde o nosso primeiro lançamento e será um prazer trombar com todas as pessoas de Goiânia que acompanham o nosso trabalho!

 - A banda surgiu em 2017, tem dois trabalhos lançados e é considerada uma das revelações do metal extremo brasileiro. A quais fatores você atribui essa boa receptividade da galera?

O Sangue de Bode, na minha opinião, é uma banda que trata sobre temas muito pessoais e ao mesmo tempo muito plurais, o que possibilita a imersão das pessoas na nossa mensagem interpretando na sua própria realidade, o que com certeza facilita essa conexão tão verdadeira e interessante que nós temos com o público que acompanha nosso trabalho. Por conta de ser um trabalho pautado e banhado em pura sinceridade e esforço acredito que conseguimos humildemente um espaço para falarmos sobre o que queremos e somos muito gratos por isso.

 - Como vocês formaram a banda? Fale um pouco sobre a história de vocês e como vocês enxergam  cenário underground do início da banda pra até agora.

O embrião da banda nasceu em 2017 ainda como um Duo, contando comigo (Verme) e o Sinuê e sendo posta de fato em Atividade no final de 2019 com a gravação do nosso primeiro álbum. Nosso primeiro lançamento nos abriu grandes portas e nos proporcionou grandes amizades com muitas pessoas da cena underground brasileira, nos possibilitando assim entender e conviver com essa coletividade incrível que os artistas independentes compartilham entre si, o que chega a ser algo Mágico.

 - Quais são os planos da banda para depois da tour?

Os planos para depois da turnê são terminar as novas composições e entrar em estúdio para gravação do nosso terceiro trabalho que será lançado na primeira metade de 2024. Se ninguém morrer é isso.

 - Qual recado você deixa para o público do show em Goiânia?

Goiânia, é um imenso prazer estar presente na terra de vocês pela primeira vez para uma ocasião tão especial. Obrigado a todos os envolvidos para que possamos estar aqui hoje, e esperem 150% do Sangue de Bode. A gente se vê.

quarta-feira, 5 de abril de 2023

CORJA COMPLETA 25 ANOS COM SHOW NA HOCUS POCUS


1. Vinte e cinco anos. E agora?
Segundo: Vou pedir pro Carlos Drummond de Andrade responder essa com um poema kkk: “E Agora Corja?  A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora,Corja? e agora, você? você que é sem nome, que zomba dos outros, você que faz versos, que ama, protesta?... “
Daniel: Só largo o violino depois que a água passar do nariz


2. Depois desse tempo e de ter se tornado um trio, o Corja se tornou mais visceral. A banda encontrou a pegada que sempre buscou?
Segundo: Cara eu não sei se a gente buscou alguma pegada, é tanta coisa misturada e tanta coisa que a gente escuta que acabam sendo várias pegadas e eu acho que isso meio que resume a evolução da banda. No começo a gente tinha um estilo definido que era o rap core só que com o passar do tempo e com a gente melhorando pra tocar fomos atirando pra tudo quanto é lado e hoje eu pelo menos tenho muita dificuldade de rotular a banda porque a gente pega influência de tudo que a gente ouve e acaba saindo coisas bem diferentes umas das outras. O “... E Tudo Vai Piorar” - o próximo disco que a gente começou a gravar em 2019, que a pandemia emperrou e a gente só vai voltar a gravar agora tem uma música de cada jeito. As três que saíram durante a pandemia são totalmente diferentes uma das outras. Acho que a gente sempre buscou ter uma identidade própria e ser nós mesmos e se isso for a pegada que a gente buscou então sim...
Camboja: A gente pegou um jeito de tocar que é diferente do começo mesmo e as músicas não tem nada de definitivo não, a gente nem sabe como vai ser o próximo disco, não tem pegada definitiva de música nenhuma não
Daniel: Sempre buscando, não pode parar no tempo

3. Os trabalhos do Corja passam por demo, ep, coletâneas e três discos lançados. Como você vê a evolução da banda nesses 25 anos?
Daniel: - criança -> adolescente -> jovem (só não pode ficar velha)
Segundo: Sei lá acho que tudo aconteceu como aconteceria com qualquer banda que durou muito tempo, faz parte da vida e a gente tocando junto há tanto tempo evolui como instrumentista... meu vocal tá ficando diferente por causa do cigarro kkk e esse tempo todo parado por causa da pandemia deu uma esfriada em tudo né... a gente é uma banda que ensaia toda semana desde sempre e foi foda ficar quase dois anos sem se ver direito, só se falando pela internet, então acho que a única coisa que foi diferente foi isso, mas isso foi diferente pra todo mundo... tirando os zé ruela negacionista banda nenhuma tava ensaiando e tocando ainda mais com o desgoverno fazendo de tudo pra praticar a necropolítica e não dar garantia de nada além de pânico pra população, isso atrapalhou a arte performática em geral que precisa de público pra poder funcionar... uma galera fez live na época e a gente não fez, quando decidimos fazer já rolou a vacina e preferimos voltar a ensaiar logo, porque finalmente a gente ia ter o nosso estúdio. Começamos a ensaiar na garagem aqui de casa até que apareceu a AMMA com uma notificação, ai a gente teve que fazer uma janela pra poder não vazar o som e fizemos ela nós mesmos... total DIY compramos madeira, cola, espuma e passamos uns 6 meses ralando todo fim de semana até ficar pronto e o projeto que o Daniel fez deu certinho e agora a gente retomou o pique de ensaiar de antes no nosso estúdio e vamos começar a gravar aqui o resto do disco e ver o que vira... temos muito o que aprender ainda sobre captação e mixagem , então eu acho que a grande evolução pra nós veio agora e vamos ter total controle sobre tudo que a gente faz como banda.

4. Fale um pouco sobre os vídeos da banda. E porque somente agora resolveram trabalhar a música "Atos de Vandalismo pela Cidade" em vídeo?
Daniel: Essa é com o Segundo
Segundo: Com os corres do selo eu acabei aprendendo a mexer em programas de edição de vídeo e de som e ai rolou os protestos no Chile em 2019 e a gente tem a “Allende Mandar” que tá no Al Qaeda´s Greatest Hits e é uma canção anti imperialista, então eu aproveitei o calor do momento e peguei um monte de foto na internet e fui tentar fazer o vídeo e ficou bom, dai na mesma época o Ruy do Motim Underground começou a fazer os lyric vídeos das bandas com precinho camarada e a gente começou a fazer os vídeos que tem hoje na pandemia, foi até um jeito da gente aproveitar o interesse das pessoas que estavam de quarentena em ouvir e descobrir bandas aí a gente fez uma porrada de vídeo de músicas de todos os álbuns e das músicas que foram gravadas pro “... E Tudo Vai Piorar”. Ai rolou de ir fazendo vídeos de músicas velhas que faziam bastante sentido com tudo que rolava no cenário político da época tipo “Revolta!” do primeiro disco, “Sobre Máscaras e Homens” do Elefante na Loja de Cristais. Aí quando foi o relançamento do Justiça Au Go Go a gente fez o de “Não Compre Jornais, Minta Você Mesmo”, ano passado rolou o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922 e a gente tinha musicado o “Ode ao Burguês” do Mário de Andrade que foi lido no evento e fizemos um vídeo pra celebrar a importância e a influência da Semana de Arte Moderna pra cultura subversiva do país. Aí rolaram as invasões do dia 8 de janeiro desse ano e na hora que rolo a gente tava ensaiando e já tocamos a musica imediatamente enquanto os sem noção depredavam todo o patrimônio nacional e isso meio que virou nossa cabeça do avesso, porque a letra de “Atos de Vandalismo Pela Cidade” sempre foi controversa, a tática do Black Bloc sempre foi controversa também e todo o trabalho de décadas dos anarquistas combativos estava indo pro ralo naquele exato momento porque a extrema direita se apropriou das táticas de combate urbano da pior maneira possível, o vídeo seria mais ou menos como que a ideia de passar um conforto pra galera que tem a coragem de ir na linha de frente lutar por causas coletivas que tem fundamento e necessitam mais que nunca da ação direta pra pressionar os governantes a fazer a coisa certa, já que o burburinho antidemocrático tomou posse e enfraqueceu a nossa luta.
Camboja: Quando essa música saiu eu questionei se essa letra era literal e tomei uma bronca homérica sobre figuras de linguagem e quem nem tudo que tá escrito você é obrigado a fazer, e que é a narração de uma pessoa que está fazendo alguma coisa e não obrigatoriamente a gente concorda. Ai acabou acontecendo, o que eu não concordo aconteceu e ai coincidentemente a música encaixou de uma forma completamente diferente do porque que ela foi feita pensando na nossa revolta e agora o que aconteceu é que os paia que fizeram a coisa. Ai eu não entendi nada na verdade. Agora eu acho interessante a nossa vocação pra profetinha do fim do mundo. Parece que “... E tudo vai piorar” tem que ser o nome do disco mesmo, e as letras antigas que a gente fez em 2000 e pouco tá mais atual do que nunca, se for pensar que a gente fez “Sobre máscaras e homens” antes da pandemia e foi certinho o que aconteceu, e outras músicas também. De um jeito a gente tá pressentindo as coisas heheheheh.
Segundo: Mas esses trem Camboja era reflexo da época, so que era tipo a pior previsao do que podia acontecer sei la kkk acho que talvez é uma coisa de escrever letra politica mesmo o tempo passa e igual ce falo os trem toma significado diferente... tem outras letras que rola isso tb, mas na real o lance de “Atos de vandalismo pela cidade” tem um pouco a ver com o que os bostao la fizero pra ter escolhido a musica, ao mesmo tempo que a gente pode usar a musica pra mostrar outro tipo de realidade onde fazer essas coisas pode ser justificavel. Quando eu escrevi a letra ja rolava esse tipo de coisa com os ativistas gringos e ela meio que encaixa isso no contexto daqui. Rolo os lances da galera quebrar as estatuas dos bandeirantes racistas e que matavam indios por exemplo e sempre foi mais sobre isso do que sobre a extrema direita fazer isso sem ter um sentido real pra fazer...
Camboja: O negócio é que o objeto completo ele faz sentido na mão de quem usa né? É quem usa que dá sentido pro objeto. A gente tem um público que ao menos esperamos que entenda essa mensagem nossa, mas por outro lado tem gente ignorante até dentro da cena que pode pensar outra coisa disso, ela pode ser interpretada de outra forma, mas é legal, encaixou no contexto do que aconteceu, só que ai saiu do sentido primordial.
Segundo: Tipo o povo apropriou o esquema e fez bosta mesmo, porque quando se parte pra violencia no nosso caso, sempre tem um discurso de lutar contra a opressao e um debate por tras disso. E esses atos de vandalismo so começaram a rolar quando se percebeu que as mudanças pelo jeito “normal” das coisas, usando o status quo e o estado democrático de direito, eram muito lentas e burocraticas e por esse viés a mudanças necessárias não iam acontecer e os governantes e magnatas não tap nem ai pra mudar as coisas. Destruir o patrimonio vira um jeito de atacar esse povo onde doi, que é o bolso, pra que eles prestem atençao na voz dos excluidos. O que o povo fez em brasilia no dia 8 de janeiro nao tem o menor sentido nesse caso, foi so barbarie mesmo, de uma galera que nao sabia exatamente o que tava fazendo ali e foi cooptada a estar ali através de um plano maior de dominação que espalhava fake News e teorias conspiratórias, ou seja as pessoas foram iludidas de forma bastante sofisticada e usadas de massa de manobra por um grupo que não queria entregar o poder. É tipo o contrario mesmo: quando um anarco joga um tijolo no vidro de um banco ele sabe o que ta fazendo, porque ta fazendo isso e nao precisa de ninguem pra ir la mandar fazer e sempre vai ser pra o bem de todos e não pro bem de um só grupo.

5. Como você avalia o cenário underground hoje em dia e como o Corja se vê inserido nesse cenário?
Daniel: Pra mim o cenário foi enfraquecido durante a pandemia, e vejo nossa banda com uma certa responsabilidade em reaquecer a coisa, e com vontade de continuar fazendo o que sempre fizemos.
Segundo: Cara depois que os eventos voltaram apareceu uma galera nova na cidade e que ta frequentando os shows e renovando a cena, eu tenho muita esperança que dessa galera surjam novas bandas que vão se destacar em breve e continuar o trabalho que a gente vem fazendo esse tempo todo. Acho que o Corja acaba que está inserido nesse contexto pelo tempo de duração como um exemplo de que é completamente possível montar uma banda na adolescência e manter ela ativa na vida adulta e fazer as coisas que as bandas fazem que é ensaiar, compor, gravar e fazer shows mesmo com todas as dificuldades e empecilhos da vida adulta. Acho que o maior padrão de sucesso pro underground é uma banda sobreviver por muitos anos, porque é a prova de que o que a gente faz não é uma fase da vida ou uma moda passageira, é um estilo de vida. Eu tenho certeza que vamos durar mais 25 anos na cena!

6. Quais são os planos da banda para o restante de 2023?
Dia 8/4 agora vamos fazer o show de 25 anos na porta da Hocus Pocus no aniversário de 32 anos da loja e estamos ensaiando um set especial que resume bem tudo que fizemos nesse tempo todo, tocando músicas que não tocamos há muito tempo e uns covers caprichados ai que que for lá verá kkk deixa na surpresa. Se tudo der certo o show vai ser filmado e postado no you tube. Ai pro resto do ano vamos terminar de gravar o disco e esperamos lançar ele até o meio do ano e depois começar a fazer músicas novas pro próximo e trabalhar com elas. Nesse meio tempo vamos fazer shows a medida que nos convidarem. Eu nunca gostei muito desse lance de ser dono da bola por causa da Two Beers então sempre preferi que outros produtores chamassem o Corja pra tocar, ate porque é bem mais real quando alguém te chama pra tocar do que tocar num evento que você mesmo está fazendo, além disso você ainda tem que preocupar com fazer um bom show e com os perrengues da organização. Então esperamos que os produtores aproveitem que estamos comemorando 25 anos pra chamar a gente pra tocar tanto em Goiânia quanto fora. Estamos com planos de fazer uma minitour no fim do ano, vamos ver se vai dar certo.
Daniel: Compor, ensaiar, gravar e se apresentar

7. Deixe um recado satânico pra galera...
Fiquem longe de discursos de ódio e aproveitem ao máximo a capacidade de desconstruir e assumir seu erros, resumindo seja honesto com os outros e você mesmo e não desista de lutar
. E lógico, apoie sempre as bandas e os shows da sua cidade.

sexta-feira, 10 de março de 2023

LACEROFAGIA LANÇA VIDEO E TOCA AO LADO DE HELLGA PATAKI NESTE FIM DE SEMANA

 


Formado em meio ao turbilhão pandêmico, o Lacerofagia lançou em 2022 seu primeiro trabalho, calcado no death/grind de extrema qualidade e temáticas gore. Prestes a lançar o do lyric vídeo da faixa  "MALDITO É O FRUTO DO NOSSO VENTRE" do álbum "Visceral", o baixista e vocalista Juliano Goulart bateu um papo com o Dr. Gori.


Após o lançamento do cd “Visceral”, como você avalia a repercussão desse trabalho? Ele tem aberto mais portas pra manter a banda na estrada? O trabalho tem A quais fatores você atribui toda essa receptividade?

Primeiramente muito obrigado pela oportunidade! A repercussão foi melhor do que esperávamos e um grande fator sobre isso foi pelo motivo da galera estar carente de som depois da pandemia, todos estávamos famintos pra ver e ouvir algo novo.

 

Falando em estrada, você já passou por diversos projetos antes do Lacerofagia. Como você vê a influência disso no seu trabalho atual e como os outros integrantes contribuem com as composições da banda?

Por todos projetos e bandas que todos nós já participamos acabamos juntando uma bagagem de amizade muito boa em vários lugares que serve de bastante influência conhecendo ótimas bandas de amigos, interagindo, absorvendo, sendo influenciado e influenciando boa parte delas.

A influência de death metal e hardcore extremo é uma característica que eu notei no som de vocês. Quais são os sons que tem influenciado vocês desde o início da banda e que vocês tem escutado ultimamente?

O Lacerofagia nasceu da nossa necessidade de fazer um tipo de som que não vemos muito por aqui. Entre várias influências creio que o que mais ouvimos pra criar o visceral foi Exhumed e Rotten Sound e eu particularmente ainda estou nessa vibe até hoje hehe

Fale um pouco sobre o vídeoclip da banda? Existem planos de lançar alguma outra faixa de “Visceral” em vídeo?

Escolhemos a música mais curta do material pelo motivo da galera já clicar e em poucos segundos perceber do que se trata (obrigados pelo patrocínio two beers!). Gostamos dessa onda de mesclar ofensas e blasfêmias com temáticas sanguinolentas e nojentas. Creio que ate o final do ano lançaremos a faixa “golden shower” para as almas insalubres de plantão hehe

Como você avalia o cenário da música extrema hoje?

O cenário extremo está recheado de petardos, voltou da pandemia com tudo, bandas novas, bandas velhas com materiais novos, galera nova aparecendo nos shows, isso que faz a engrenagem não parar nunca!

Quais são os planos da banda para o restante de 2023?

Estamos com um novo guitarrista que já é nosso conhecido de muito tempo, inclusive ele quem gravou, mixou e masterizou boa parte do "Visceral". Decidimos então agora gravar mais alguns sons pra registrar a entrada desse grande amigo nessa betoneira de decomposição que estamos fazendo, pretendemos lançar até o meio desse ano.

Deixe um recado satânico pra galera...

Acredite na cena, o underground está lotado de pessoas incríveis. Seja antissocial, seja fetichista, seja blasfemico ou seja qualquer coisa da nova onda de protesto que está surgindo mesclando a galera nova com a galera mais antiga, mas acima de tudo seja antifascista!